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 Aumento da qualidade e eficiência produtiva

A melhoria da eficiência produtiva tem como objetivos assegurar o abastecimento regular do mercado interno, permitir a ampliação das exportações e melhorar a renda dos produtores rurais. São três as formas básicas para aumentar a eficiência produtiva. 

A primeira é por meio do aumento da produtividade dos diferentes fatores de produção, quais sejam: terra, trabalho, insumos e capital. Da terra, projeta-se mais quantidade de grãos ou carne produzidos por unidade de área ou animal; do trabalho, menos horas utilizadas por unidade produzida; dos insumos, uso de menor quantidade; e do capital, emprego de menos recursos materiais (máquinas e implementos) por unidade produzida. Como exemplo, a água controla secas via irrigação e, assim, aumenta significativamente a produtividade. Sementes melhoradas, fertilizantes e defensivos mais eficientes, treinamento de mão de obra, boas práticas de produção e equipamentos e implementos agrícolas adequados melhoram a produtividade das culturas e das criações. Rebanhos e culturas com sanidade são condição sine qua non para a competitividade nos mercados nacional e externo.

A segunda é via redução de custos. Dentre os fatores que contribuem, destacam-se gestão eficiente da propriedade (incluindo controle das operações agrícolas), manejo integrado de pragas, manejo da irrigação e correção da fertilidade dos solos, agricultura de precisão e digital e substituição de insumos químicos por biológicos, a exemplo da fixação biológica de nitrogênio e do controle biológico de pragas. A adoção, em maior escala, de ferramentas digitais na agricultura, além de refletir na redução de custos, contribuirá para uso mais eficiente de fertilizantes e defensivos, podendo ainda contribuir para a melhoria da eficiência de todo o processo produtivo.

A terceira é pela escala de produção. Se a rentabilidade por unidade de produto é baixa, numa economia competitiva como a brasileira, a solução é aumentar o volume produzido. Cadeias produtivas organizadas, como as de aves e suínos, já operam com escalas maiores. A tendência é a mesma para outras cadeias, como a do leite e a da pecuária de corte.

É importante considerar que o aumento da eficiência acarreta potencialmente a produção de excedentes de vários produtos agrícolas, o que, por sua vez, requer empenho do governo não só na manutenção dos mercados externos, mas também na busca contínua por abrir novos espaços para destinação de tais excedentes. No tocante à pesquisa, esse ambiente de negócio impõe preocupação constante no sentido de assegurar o atendimento de exigências cada vez maiores quanto à qualidade do que é ofertado, considerando a responsabilidade social e os aspectos ambientais associados aos sistemas de produção. Além disso, é preciso considerar a necessidade de atentar aos atributos relacionados com agregação de valor nos aspectos tanto nutricionais quanto associados à saúde, uma vez que esses atributos têm se tornado fatores diretamente relacionados à decisão de adquirir ou não produtos de consumo.

Outro problema relevante que surge como consequência do modelo agrícola brasileiro diz respeito à mão de obra. Há uma redução da demanda por mão de obra nos sistemas de produção como resultado da automação e da introdução da denominada agricultura de precisão. Esse fato, associado a outras questões, tem, como resultado, o êxodo de grandes contingentes humanos do campo para as cidades que, por não estarem devidamente preparadas para acolhê-los, os transformam em marginalizados. Essa intensificação produtiva é complementada pelo uso, cada vez maior, de conhecimento científico e tecnologia, o que, por sua vez, também influencia na demanda por mão de obra no outro extremo do espectro: buscam-se pessoas mais qualificadas e capacitadas para incorporar adequadamente os novos conhecimentos e tecnologias. Essa demanda, então, atrai mão de obra especializada adequada a sistemas de produção que usam mais intensamente as tecnologias de informação.

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