Solução Enlist® da Corteva Agriscience alia biotecnologia genética e herbicidas especiais para aumentar a produtividade e combater pragas
O que é a tecnologia Enlist® na soja?
A Corteva Agriscience apresenta o sistema Enlist® para soja como uma solução de opção de manejo para a cultura. A tecnologia combate plantas como o capim-amargoso, a tiririca e a buva, que se tornaram resistentes a herbicidas como o glifosato. Trata-se de uma biotecnologia para sementes da soja, que alia genética de alta performance e resistência a novos produtos para o combate de plantas daninhas e lagartas.
O sistema Enlist® é fundamentado em três pilares: biotecnologia das sementes, herbicidas e genética. Por meio deles, o produtor alcança mais diversidade, flexibilidade e conveniência na aplicação dos defensivos.
Como funciona a tecnologia Enlist®?
As sementes do sistema Enlist® são manipuladas para que tenham alta capacidade produtiva e ofereçam uma maior facilidade no plantio, já que os herbicidas podem ser aplicados na pós-emergência da soja. Elas também contam com as proteínas BTS (Cry1F e Cry1Ac) para o manejo das principais lagartas que atacam a cultura.
Os herbicidas do sistema Enlist® são planejados para aumentar a flexibilidade. Com as sementes, é possível utilizar os dois herbicidas do sistema, o Enlist® Colex-D® e o EnlistDuo® Colex-D®, além do glifosato, glufosinato de amônio e outros produtos descritos na bula.
O Enlist® Colex-D® é um concentrado solúvel sistêmico, composto principalmente de 2,4-D sal de colina. Ele pode ser aplicado na pré-emergência e na pós-emergência, e no combate às ervas daninhas de folha larga. Já o EnlistDuo® Colex-D® é um herbicida sistêmico composto de 2,4-D sal de colina e glifosato sal dimetilamina, e também pode ser usado em pré e pós-emergência.
Produtividade
Para a safra 2022/2023, as sementes com tecnologia Enlist® estavam disponíveis em 33 variedades, comercializadas por diversas marcas. Segundo a Corteva Agriscience, os testes para o lançamento do sistema foram realizados em todo o País, em 74 áreas, e a produtividade alcançada foi de 2% a 5% superior às marcas disponíveis no mercado, alcançando uma produtividade de 8% em certas regiões.
Entre as vantagens do uso desse sistema estão:
volatilidade ultrabaixa;
redução do potencial de deriva;
redução do odor;
flexibilidade devido à compatibilidade com diversos sais de glifosato.
Brasil deve continuar líder mundial na produção de soja na safra 2022/23. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Perdas na soja e novas estimativas
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA Esalq/USP), apenas as principais pragas e doenças da cultura da soja podem ocasionar perdas de mais de 30% na produção não protegida. Além disso, insetos como lagartas e moscas podem causar a perda de outros 20% do potencial produtivo.
Outro problema enfrentado pelos produtores de soja são as secas e estiagens dos últimos anos. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apenas na safra 2021/2022, os fenômenos climáticos levaram a uma perda de R$ 72 bilhões. Os Estados mais atingidos foram Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Os índices devem melhorar para a próxima safra, já que o fenômeno La Niña parece estar finalmente chegando ao fim. Mas, independente disso, pesquisadores da Embrapa Soja procuram inserir características de tolerância à seca em sementes do grão, sem ter que recorrer a sequências genéticas de outras espécies.
A inserção do ácido desoxirribonucleico (DNA) de outras espécies levaria a classificação do produto como um organismo geneticamente modificado (OGM), o que causaria a necessidade de um processo caro de desregulamentação para a chegada ao mercado.
Segundo a Embrapa, a produção brasileira de soja na safra 2021/2022 foi de 123.829,5 milhões de toneladas em uma área plantada de 40.921,9 milhões de hectares, alcançando a produtividade de 3.026 kg/ha. A expectativa para a safra 2022/2023 é de recuperação e de quebra de recordes, com estimativa superior a 150 milhões de toneladas produzidas.
Fonte: Conab, Mais Soja, Cepea, Corteva, Embrapa, Estadão