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La Niña traz desafios à safra e o impacto pode ser minimizado com auxílio do seguro

Segundo Weverton Anício, especialista de seguro agrícola da VOKAN, 2023 foi um ano desafiador para os agricultores. “Como consequência do El Niño, tivemos redução de área plantada, calendário atípico de safra, e muitos agricultores desistiram do cultivo devido às causas desfavoráveis.”

Infelizmente, para 2024, o cenário também é desafiador, pois o Brasil enfrenta novamente a imprevisibilidade climática.  “Mais do que nunca o agricultor precisa estar protegido e em segurança para garantir o custeio de sua produção e garantir sua continuidade no negócio.”

Para o setor, há os seguintes tipos de cobertura: o Multirisco, Risco Nomeados e o Paramétrico. O Multirisco cobre eventuais frustrações de safra decorrentes de tromba d’água, incêndio e raio, geada, chuvas excessivas, seca, granizo, ventos fortes e frios e variação de temperatura, garantindo o investimento realizado na área plantada (custo de produção + custo operacional). O Seguro Paramétrico, por sua vez, protege o produtor rural contra excesso de chuva ou falta de chuva em períodos pontuais, com limites de indenização, definidos até mesmo pelo cliente. O Risco Nomeado garante dano direto a lavoura causado por granizo, sendo possível inclusão de coberturas adicionais para culturas pontuais.

O planejamento estratégico, com adoção de técnicas de cultivo mais resilientes às variações climáticas, a diversificação das culturas e a utilização de tecnologias inovadoras são importantes para o futuro do agro. “Aqui na VOKAN realizamos um estudo customizado, considerando o perfil do produtor, área, cultura, principais riscos climáticos da região de cultivo e cobertura aderentes a sua necessidade, promovendo tranquilidade para a próxima safra e permanência neste setor produtivo.”   

Experiência da JBS com programas de descarbonização foi relatada em painel que abriu o sexto Fórum Sul de Biogás e Biometano, em Chapecó; o evento, que tem apoio da FIESC, apresenta também hub liderado pela entidade e que vem atuando para alcançar uma economia de baixo carbono

. Dispostos a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, produtores suínos têm instalado usinas de biogás e biometano e a indústria é a principal impulsionadora. De acordo com a engenheira ambiental Pauline Bellaver, que representou a Federação das Indústrias (FIESC) no sexto Fórum Sul de Biogás e Biometano, em Chapecó, a descarbonização traz benefícios para toda a cadeia envolvida e, principalmente, para sociedade.

Indústria quer reduzir emissões de gases na cadeia de proteína animal

A engenheira, que é especialista em sustentabilidade da Seara Alimentos - do Grupo JBS -, contou que, atualmente, 60% dos produtores integrados do grupo já possuem energia solar e 3% têm biodigestores. “O objetivo é acelerar esse processo, que é um dos principais desafios do escopo 3, pois os dejetos suínos contribuem de forma significativa para a emissão de gases de efeito estufa. No entanto, os produtores se deparam com dificuldades como o acesso ao crédito necessário para a adaptação de suas propriedades”, relatou.

O Hub de Descarbonização FIESC vem atuando para desburocratizar este processo, incluindo no grupo de trabalho bancos como o BRDE. Organizado pela FIESC, o hub atua na formação de pessoas, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o uso em escala e novos modelos sociais. O foco é descarbonizar arranjos produtivos e a iniciativa será apresentada pelo SENAI nesta quarta-feira, dia 17, durante o Fórum Sul de Biogás e Biometano.

No caso da cadeia de proteína animal, o desafio é ter em dez anos 100% dos dejetos suínos sendo aproveitados para a geração de biogás em Santa Catarina. A JBS, que integra o hub da FIESC, desenvolveu modelos individualizados, para quando há escala, e também usinas centralizadas, para os casos em que os produtores possuem propriedades próximas. “Este modelo, estudo piloto de usina centralizada está sendo conduzido em Santa Catarina com o objetivo de gerar combustível e ser alternativa às tradicionais fontes de energia. Além disso, os investimentos no mercado de bionergia estão aquecidos, o que impulsiona projetos nesta área”, pontuou Pauline.

Apoio ao setor produtivo

Entre as soluções que o SENAI já oferece está o inventário de gases de efeito estufa (GEE) que vai mensurar as emissões da indústria catarinense. O levantamento é conduzido por pesquisadores do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental. Na JBS, por exemplo, o inventário já é realizado desde 2012 para o escopo 3 - categoria que inclui as emissões  ligadas às operações da companhia, como matéria-prima adquirida, viagens de negócios e deslocamento dos colaboradores, descartes de resíduos, transporte e distribuição.

Outra iniciativa é a elaboração do Atlas de Energias Sustentáveis de Santa Catarina. O trabalho visa mapear o potencial de geração energia de baixo carbono no estado, como por exemplo o hidrogênio, a partir de fontes como biomassa, resíduos, carvão, entre outras. A partir do Atlas, será possível prospectar novos investimentos no setor, bem como posicionar o estado no cenário nacional. Este trabalho será desenvolvido em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte, em linha com o conceito de powershoring da neoindustrialização - que se refere à instalação de indústrias em locais com alto potencial de energias renováveis, como eólica, solar e biomassa.

A rede de institutos do SENAI também vem atuando para que as empresas acelerem sua adaptação a transportes e fontes de energia menos poluentes. Há oportunidades para descarbonizar a indústria no consumo de energia, gerenciamento de frota, transporte e distribuição, transporte de colaboradores, tratamento de resíduos, geração de calor, sistemas de refrigeração, viagens a serviço ou então compensar suas emissões residuais, por meio da aquisição de créditos de carbono, por exemplo.

Fonte: Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC