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Ano 9 / Edição 103 - junho 2015

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www.jornalagronegocio.com.br

Notícias

Uma parceria que une história, culinária, fé, turismo e agricultura. A união

destes elementos está permitindo a recuperação de hortaliças tradicionais que

influenciaram a gastronomia mineira. O trabalho é realizado pela Emater-MG

com o Santuário do Caraça, um complexo arquitetônico religioso, situado na

Serra do Espinhaço, entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara. O lo-

cal é muito procurado por turistas, tem séculos de história e fica numa Reserva

Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Quem visita hoje o santuário encontra

uma horta com mais de 65 espécies de plantas entre hortaliças e ervas aro-

máticas.

Muitas das hortaliças que atualmente são cultivadas no Santuário do

Caraça estavam em desuso pela população, mas tiveram grande influência na

culinária típica do local e da região, segundo o coordenador técnico estadual

de Olericultura da Emater-MG, o engenheiro agrônomo Georgeton Silveira. A

Emater-MG recuperou a horta no final de outubro de 2014. “Levamos semen-

tes e mudas de várias espécies entre elas a bertalha, peixinho capuchinha, e

cinco variedades de cará (roxo, moela, caramujo, São Tomé e florido)”, rela-

ta. Também são exemplos de hortaliças tradicionais ou não convencionais,

a taioba, araruta, oro-pro-nóbis, mangarito, azedinha, vinagreira, peixinho,

jacutupé e muitas outras usadas em pratos específicos da culinária mineira e

brasileira.

O coordenador explica que a empresa atua em outros locais para fazer

este tipo de resgate. Em Minas, o trabalho conta com a parceria do Ministé-

rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Epamig, prefeituras

e associações de produtores. “O projeto de resgate de hortaliças tradicionais

ou não convencionais já catalogou 35 espécies no país, mas a lista não está

fechada, podendo incorporar novos achados”.

Além da horta do Caraça, já foram implantados 26 bancos de multi-

plicação dessas hortaliças, em várias regiões do Estado. De acordo com o

agrônomo, o rótulo acadêmico de “tradicionais ou não convencionais” tem a

ver com o fato de essas plantas serem ligadas à cultura e tradição alimentar de

várias comunidades rurais e urbanas, mas ainda serem de consumo restrito e

não organizadas em cadeia produtiva.

A Medida Provisória 673/15, que isenta do licenciamento e do emplaca-

mento as máquinas agrícolas e veículos usados para puxar essas máquinas,

foi aprovada no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23).

É o caso de tratores, colheitadeiras, retroescavadeiras e pulverizadores mo-

torizados. A matéria foi aprovada na forma do relatório da comissão mista,

elaborado pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). O texto segue para

votação no Senado.

A diferença entre o texto da comissão e o da MP original é quanto ao

licenciamento e emplacamento. A Medida Provisória original previa a neces-

sidade de licenciamento se essas máquinas e veículos transitassem em vias

públicas.

De acordo com o texto aprovado, essas máquinas e veículos deverão ter

um registro providenciado sem custos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Mapa), acessível ao sistema nacional de trânsito.A nova exi-

gência de registro valerá apenas para os maquinários produzidos a partir de

1º de janeiro de 2016.

Segundo o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), o Execu-

tivo tem um acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária para sancionar

os itens relativos ao registro de máquinas agrícolas, mas não tem compromisso

de sanção para todos os demais itens acrescentados pela comissão mista. “A

depender das negociações que serão feitas a partir de amanhã [quarta-feira],

o governo analisará a possibilidade de sancionar outros temas incluídos pela

comissão mista”, afirmou. O texto aprovado também traz o fim do seguro

obrigatório (DPVAT) para os tratores e demais máquinas agrícolas. As pessoas

que sofrerem danos em acidentes causados por esses veículos ficarão sem

cobertura.

O deputado Adilton Sachetti (PSB-MT) afirma que a medida acaba com

uma obrigatoriedade que, se aplicada, acarretaria em cobrança desnecessá-

ria para o produtor rural. “Esta MP resolve um problema que há muito tempo

preocupa os produtores”, diz. “Custaria dinheiro e tempo a quem trabalha no

campo”.

Câmara desobriga emplacamento e

licenciamento de máquinas agrícolas

Hortaliças tradicionais

da culinária mineira

Emater-MG e Santuário do Caraça resgatam

o cultivo de hortaliças tradicionais da culinária

mineira. O Trabalho investe na recuperação da

antiga horta do santuário e envolve produtores

da região.

Terezinha Leite - Emater-MG